Chamada de artigos: Cadernos de Arte e Antropologia – Nº temático “A operacionalidade do jogo”

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Está aberta até dia 28 de fevereiro de 2018 a chamada de artigos para um número temático da revista Cadernos de Arte e Antropologia intitulado “A Operacionalidade do Jogo”. O volume é organizado por Ricardo Seiça Salgado, sócio da APA (com Fernanda Eugénio).


Prazo de envio de contribuições: 28.2.2018


Cadernos de Arte e Antropologia – Nº temático “A operacionalidade do jogo”
Organizadores: Fernanda Eugénio (ANDlab; BR); Ricardo Seiça Salgado (CRIA-UMinho; PT)

O conceito transdisciplinar de jogo (na aceção anglo-saxónica de play, ou na francesa de jeu) abrange um campo semântico alargado. Sintetizando as suas qualidades estruturais, o jogo envolve voluntariedade para jogar. A posição dos jogadores é enquadrada por um conjunto de regras ou procedimentos. Dá-se uma sensação de deslocamento que transporta o jogador para fora das posições e da lógica do quotidiano. Vive por isso no domínio do «como se», no modo subjuntivo. Mas ele não é somente jogo, é igualmente uma mensagem sobre si próprio, uma metamensagem (Bateson 1987), uma vez que o jogo começa por se referir a si próprio, introduzindo a possibilidade de se reinventar e reclassificar as ações, e desenvolver novos enquadramentos. O jogo joga-nos (Gadamer 1999). Ao ser o que não é, ao (re)enquadrar enquadramentos reflexivamente do que não existe, ele é paradoxal. E sendo liminar (Turner 1992), inverte e subverte a realidade e a estrutura social mundana, pelo que os papéis que nele desempenhamos podem desconhecer a lógica das hierarquias impostas na esfera pública.
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