[nota de imprensa] CONGRESSO DE ANTROPOLOGIA NOS AÇORES DIVULGA PROGRAMAÇÃO

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Mais de setenta palestras de pesquisadores de onze países
O XXIV Congresso Internacional de Antropologia de Ibero-América reúne nos
Açores, de 12 a 15 de março de 2019, estudiosos dos temas Museu, Turismo e Patrimônio.
As palestras e debates acontecem no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de
Ponta Delgada, na ilha de São Miguel. O evento é uma realização conjunta da
Universidade de Salamanca (Espanha), do Instituto Histórico e Geográfico de Santa
Catarina (Brasil) e da Câmara Municipal de Ponta Delgada.
Estão confirmadas as conferências e palestras de professores e pesquisadores de
Portugal, Brasil, Espanha, Cabo Verde, México, Costa Rica, Paraguai, Peru, Chile,
Colômbia e China. Uma visita etnográfica ao Vale das Furnas e à Fábrica de Chá
Gorreana antecede a abertura oficial do evento académico.
Também integram a programação lançamentos de livros, como o Dicionário de
Antropologia, editado por Angel Aguirre Baztán, e Diálogo intercultural, religiosidades
populares, música e migrações, por Luiz Nilton Corrêa, Angel-B. Espina Barrio e Jaime
Roberto Montes Miranda. Este reúne as comunicações do XXIII Congresso, realizado em
2017, em La Serena (Chile).
A conferência de abertura está a cargo de Alexandre Fernandes (Museu do
Amanhã, do Rio de Janeiro, Brasil) e a de encerramento será pronunciada pelo professor
Ángel Espina Barrio (Universidade de Salamanca, Espanha).
Entre os títulos das comunicações já divulgadas pela organização do Congresso
estão “Um patrimônio desconhecido: os testamentos da ilha de S. Jorge (1518-1644)”, por
Artur Teodoro de Matos. Luiz Henrique Sormani Barbugiani explana sobre “A educação em
antropologia: perspectivas contemporâneas”, e Ana Laura N. Gortari do Couto, a respeito
da “Imersão sensorial no museu”. Luiz Nilton Corrêa discorre sobre “Museu Corporativo:
Identidade e Cultura das Organização”. Um enfoque especial é o que propõe Antonieta
Costa, sobre “Patrimónios Incógnitos”. Iván Rendón concentra a atenção nas “Esculturas
Cantantes: Etnografia do Presente Pós-visual”.
Dois autores específicos – um brasileiro: Gilberto Freyre; outro português: Raul
Brandão – serão os temas, respectivamente, das palestras de Pablo González Velasco –
“A hispanotropicologia de Gilberto Freyre. 50 anos da visita à Universidade de Salamanca”
– e a de Manuel Urbano Bettencourt: “Raul Brandão e as Ilhas Desconhecidas”.
A situação crítica de museus, como o Nacional, do Brasil, no Rio de Janeiro,
destruído por um incêndio, é enfocada por Edgar Silva Gomes – “Da casa ao museu:
ensaio sobre o (des) caso com o Museu Nacional da UFRJ” – e por Giane Maria de Souza
– "As estratégias políticas de celebração da vida e lamentações de morte do Museu
Nacional do Rio de Janeiro: e o sepultamento das políticas culturais participativas no
Brasil".
Experiências concretas em diversos países são explanadas por especialistas como
Fernando González y Galán, em “Os museus do século XXI no Paraguai”. Jefferson Castro
Benítez, da Colômbia, contextualiza os “Museus do horror e a morte em Medellín
(Colômbia). José Manuel Hidalgo explica a “Museulização do patrimônio arqueológico e
turismo cultural em Vigo (Galicia, Espanha)” e Carlos Montes Pérez fala sobre “O
patrimônio industrial e o turismo nas antigas comarcas mineiras”. Bojing Wu compara dois
mundos distantes: “Aspectos culturais da comunidade chinesa no Peru: a festa do ano
novo chinês sob uma perspectiva comparativa”.

Nessa mesma linha de estudos de caso situa-se um conjunto de palestras sobre
Portugal e o Brasil. Uma das explanações é comparativa e pontual, a de Viviane Trindade
Borges: “Usos do passado e patrimônio carcerário: diálogos entre Brasil e Portugal (1960 –
ao Tempo Presente)”. Ana Lúcia Coutinho traz um exemplo específico do sul do Brasil:
“Grupos Culturais como mantenedores do turismo: a dinâmica catarinense”. Também no
aspeto coletivo, mas centrado no âmbito público, e partir da dinâmica do sudeste brasileiro,
trata Raíssa Pereira Cintra de Oliveira – “A Construção de Uma Política de Preservação
Através da Parceria Entre Ensino Superior e Prefeitura”.
Julie Antoinette Cavignac fala sobre “A comida da terra – Patrimonialização e
Turistificação da cultura alimentar no Nordeste brasileiro”. Ilana Magalhães Barroso põe
em evidência que “O museu da aldeia Nazaré é um museu vivo – Memória e identidade a
partir da construção do museu Anísia Jacinta”; e Isabela de Fátima Fogaça sublinha: “Os
museus presentes na região turística da Baixada Verde: suas ações de educação
patrimonial”.
Quanto a Portugal especificamente, o leque temático é amplo, e abarca desde as
cerimônias religiosas a escritores como fomentadores do turismo e do património. Creusa
Raposo palestra sobre “Procissões Religiosas Arrifes – São Miguel, Açores”, Isabelle
Martin-Fernandes discorre sobre “‘Olhos Deslumbrados’ – um conto de Branquinho da
Fonseca nos Açores. Recurso patrimonial potenciado pela comunidade de prática”. Mário
Hélio Gomes de Lima revela o que há de turístico na obra de um grande poeta: “Viajar,
Perder Países” Fernando Pessoa e o Turismo”. Mário Viana reporta-se a “Entre memória,
turismo e património. Algumas notas sobre aldeias históricas e comunitarismo camponês”.
Joana Simas trata “De objetos “esquecidos” a objetos que “falam”: a criação de um espaço
museológico na Igreja Matriz de Lagoa”.
Além do Brasil e de Portugal, o maior número de comunicações específicas sobre o
um país é dedicado ao México. Claudia Adriana Hernández Suárez fala sobre “Patrimônio
cultural e gestão comunitária: uma proposta turística para as comunidades da Mesa de
Cacahuatenco”, e Hector Daniel Hernandez Flores sobre “A peregrinação em busca do
turista: jovens rurais diante da mobilidade e do emprego precário”. Claudio Ismael
Hernández Palacios discorre sobre a “Cerimônia do Dia dos Mortos”. Federico Gerardo
Zúñiga aborda o turismo e o patrimônio sob um prisma administrativo, na comunicação
“Gestão turístico-cultural e valorização do patrimônio através da rota Don Vasco”. Iñigo
González de La Fuente e Hernán Salas Quintanal debatem “A consumunity: un espacio
rural turistizado entre o shopping center egated commnunity. O caso de Val‘Quirico”.
O património imaterial também está presente, sob enfoques específicos: Giselle
Chang.Vargas, trata da “Percepção da população sobre a Tradição do Boyeo, declarada
patrimônio intangível da Humanidade”, – e José Manuel Rodríguez, com uma contribuição
da Espanha: “A catalogação e gestão turística do Patrimônio Imaterial em Castela e Leão”.
Maria Conceição Lacerda examina “A Dança de Gujãnej do Povo Indigena Zoró:
Patrimônio Imaterial da Humanidad no Brasil”. Maria Carmen Araya Jiménez propõe “As
vendas ambulantes como patrimônio da humanidade. Criação de um arquivo mundial com
fontes escritas, documentais e imagéticas”.
A temática indígena faz-se presente nas palestras de Miguel Héctor Fernández
Carrión – “A fronteira argentino-chilena e as populações autóctones: de finais do século
XIX aos princípios do século XXI”; Luis Diego Chaves-Chang: “Ameaças para a
conservação da medicina tradicional indígena de Cabagra, Costa Rica”. Igualmente de
Tatiana Méndez Bernaldez y Mejía: “Análise semiótica da iconografia Têxtil Nahua” – e de
Maria Veirislene Lavor Sousa – “Os Museus Indígenas e as Escolas Diferenciadas no
Estado do Ceará, Brasil”.

Diversas contribuições sobre a religiosidade e o turismo foram propostas por
pesquisadores de diversos países. Maria Beatriz Tzuc Dzib, discorre sobre “Mamá Linda,
Festa da Virgem da Imaculada Conceição em Izamal, Yucatán. Uma aproximação ao
turismo religioso em Yucatán”. Nancy Patricia Mena Mero explica “O ritual da Ayahuasca
(Yagé-Natem-Nepi)”, como uma oferenda turista no Equador, a explanação de Adriana
Suárez Quiroz é sobre o programa institucional Dia dos Mortos, no México.
Ana Paula Santos Hora comenta as cavalhadas e “A espetacularidade na Festa do
Divino Espírito Santo de Pirenópolis”, em Goiás, no Brasil. Também sobre tema religioso
no Brasil, mas sob a perspectiva urbana, é a palestra “Religião e imigração. O bairro do
Brás em São Paulo”, de Arlete Assumpção Monteiro. Donizete Rodrigues centra sua
contribuição no “Patrimônio religioso e identidade no contexto diaspórico brasileiro”, e Lina
Rosa Barriento Pacheco oferece uma interpretação das “Festas marianas do Norte do
Chile”. A comunicação de Hélio Nuno Santos Soares versa sobre “Uma proposta museal para
o Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres de Ponta Delgada”.
A literatura, encarada como patrimônio cultural, é o tema de Lélia Pereira Nunes,
que se ocupa de responder à pergunta – “Quando a Literatura é Património Cultural.
Vamberto Freitas fala sobre a literatura açoriana e Salomão Antônio Ribas Júnior traz um
exemplo literário do Brasil: "Breve referência ao Fórum Virgilio Várzea de literaturas
insulares".
Há espaço no congresso para o patrimônio urbano, abordado por Luana do Carmo
Araújo de Oliveira, na palestra “Agricultura urbana: património sociobiocultural das
cidades”. E também uma discussão sobre as questões identitárias das comunidades afro-
brasileiras, a partir de um outro estudo de caso: “Identidade negra nos Afoxés: a
participação das mulheres em movimentos de resistência cultural”, por Renata do Amaral
Mesquita.
As festividades também estão entre os assuntos preferidos dos pesquisadores no
congresso. De modo específico nas palestras de Sandra Hortencio dos Santos Codeiro –
“Viva o Glorioso São benedito! Notas iniciais sobre a festa como patrimônio” – e de
Elizabeth Manjarres: “Turismo dionisíaco: as rotas da festa e o álcool como atração
turística em Salamanca”.
Após a conclusão das mesas acadêmicas, haverá no dia 16 de março visitas a
espaços museológicos de Ponta Delgada.
O QUÊ:
XXIV Congresso Internacional de Antropologia de Ibero-América: Museus, Turismo e
Património
QUANDO:
Dias 12,13,14 e 15 de março de 2019
ONDE:
Câmara Municipal de Ponta Delgada e Auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional
de Ponta Delgada, Açores, Portugal.
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES GRATUITAS:
Website www.ciai2019.org


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