VII Fórum APA: Os trabalhos dos antropólogos fora da academia [PROGRAMA FINAL]

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VII Fórum APA: Os trabalhos dos antropólogos fora da academia

28 outubro 2017 das 10:00 às 18:00
Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea
Rua da Cerca, 2800-050 Almada

Organização: Associação Portuguesa de Antropologia (APA)
Apoio: Casa da Cerca e Câmara Municipal de Almada

ENTRADA LIVRE LIMITADA À CAPACIDADE DA SALA
A INSCRIÇÃO ANTECIPADA DÁ ACESSO A CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO

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APRESENTAÇÃO | PROGRAMA | INTERVENIENTES | INSCRIÇÕES | ALMOÇO | COMO CHEGAR


| APRESENTAÇÃO |

O termo trabalho tem, aqui, um sentido restrito: referimo-nos objectivamente ao exercício de uma profissão.

Todos os anos, a maioria das pessoas que conclui uma formação em Antropologia acaba por desenvolver uma actividade profissional fora do contexto tradicional da academia, no ensino ou na investigação. Se em muitas dessas áreas profissionais a Antropologia fica camuflada – ou mesmo invisível – noutros casos é suficientemente perceptível o recurso ou a solicitação à formação obtida.

É sobre esses exercícios profissionais, os trabalhos dos Antropólogos fora da academia, que neste Fórum se pretende juntar testemunhos e debates, sobre os acessos, as funções, o reconhecimento, as expectativas, os percursos e os contributos, na sua variedade de campos e de constituição de horizontes.

Uma primeira sessão será dedicada aos testemunhos e exemplos pessoais de práticas profissionais em diversas áreas em que os formados em Antropologia têm trabalhado: do ambiente ao turismo, às autarquias locais, ao património cultural, à intervenção social.

Além dessa dimensão testemunhal, pretende-se que o debate permita discutir o que pode haver da Antropologia nessas práticas e o que a sua reflexão e teorização podem trazer à Antropologia.

Numa segunda sessão, serão apresentadas e discutidas algumas áreas profissionais, já configuradas ou em construção, dirigidas particularmente aos formados em Antropologia ou que lhes são acessíveis e onde se pretende que eles possam ter lugar próprio e reconhecido.


| PROGRAMA |

Manhã | 10:00 – 13:00
MESA “TESTEMUNHOS PESSOAIS: PERCURSOS, OPORTUNIDADES e SOLICITAÇÕES PROFISSIONAIS”

Coordenação: José Cavaleiro Rodrigues

Intervenções:

> Carlos Simões Nuno
Avaliação de impactes ambientais

> Rita Jerónimo
Autarquias, políticas locais e património local

> Rodrigo Barros
O trabalho de intervenção social

> Marluci Menezes
Políticas urbanísticas e património edificado

​Almoço livre | 13:00 – 15:00

Tarde | 15:00 – 18:00
MESA “DEFINIÇÃO DE CAMPOS PROFISSIONAIS: (RE)AFIRMAÇÃO E REFORÇO DO PAPEL DOS ANTROPÓLOGOS”

Coordenação: Carlos Simões Nuno​

Intervenções:

> Humberto Martins
Antropologia e Ambiente: o Protocolo APA – APAI

> Paulo Costa
Património cultural imaterial: organização e procedimentos de levantamento e registo

> ​Cristina Santinho
O papel da antropologia, entre refugiados e instituições; à porta de Janus

> Joana Lucas e Rita Ávila Cachado
Antropologia no ensino secundário: estado do processo


| INTERVENIENTES |

CARLOS NUNO, hoje professor na Escola Superior de Comunicação Social do Politécnico de Lisboa, desde há muitos anos que tem trabalhado na área dos chamados impactes ambientais, procurando perceber melhor os efeitos dos projectos e dos empreendimentos nos territórios e nas pessoas que os compõem. A Antropologia tem servido de  base e de horizonte, mas cruza-se com outras áreas de formação e de experiência, que inclui uma reflexão sobre as condições objectivas de desenvolvimento desta prática profissional.

CRISTINA SANTINHO é investigadora de pós-doutoramento no CRIA (bolsa FCT) com o projeto “Refugiados: vulnerabilidade, resiliência e inclusão numa sociedade democrática, em contexto de crise socioeconómica”. Coordena o projeto de integração de refugiados no contexto académico (CRIA / ISCTE-IUL) e o curso “Living in a Different Culture”. Co-coordena várias redes de investigação, em parceria com outros centros de investigação — RMIR – “Refugiados, Migrações, Iniciativas e Reflexões” e “Encontros Mensais sobre Experiências Migratórias”. Integra a RESMI – Rede de Ensino Superior para a Mediação Intercultural, fazendo parte activa da área da saúde. Coordena e é docente do Curso de Verão “Migrações Forçadas, Refugiados e Direitos Humanos” no ISCTE-IUL. Antes de se tornar investigadora foi docente universitária (1989-2007) na Universidade Lusófona e também técnica superior de antropologia na Câmara Municipal de Loures (2000-2007).

HUMBERTO MARTINS, 46 anos, Almada. Professor Auxiliar na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e investigador do CETRAD e do CRIA. Tem como principais interesses de investigação a antropologia visual (campo onde mais tem publicado) e os estudos das áreas protegidas. É actualmente Director do Mestrado em Antropologia na UTAD e Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Antropologia.

JOANA LUCAS é doutorada em Antropologia (2014) pela FCSH/NOVA onde apresentou a tese “Entre o “céu e a areia”: turismo, viagens e expedições. Mapeando discursos e práticas sobre a Mauritânia”. É licenciada em Antropologia pela FCSH/NOVA (2004) e Mestre em Antropologia: Multiculturalismo e Identidades (2009) pelo ISCTE-IUL, com a dissertação: “Um serviço de chá e um kit GPS: reconfigurações identitárias e outros desafios entre os Imraguen da Mauritânia”. É investigadora integrada do CRIA,  e membro da linha temática “AZIMUTE – Estudos em Contextos Árabes e Islâmicos”. Actualmente é Investigadora de Pós-Doutoramento (CRIA-FCSH/NOVA, IDEMEC-MMSH, CJB-Rabat), com uma bolsa da FCT, no âmbito da qual desenvolve uma pesquisa sobre os efeitos da patrimonialização da “Dieta Mediterrânica” em Tavira (Portugal) e Chefchaouen (Marrocos). No ano lectivo 2016/2017 foi docente da cadeira “Antropologia da Alimentação” na FCSH/NOVA.

JOSÉ CAVALEIRO RODRIGUES é doutorado em Antropologia, professor na Escola Superior de Comunicação Social do Politécnico de Lisboa. Desde há muito que se tem interessado pela questão dos percursos profissionais dos antropólogos, tendo já participado noutras iniciativas da APA sobre esta questão.

MARLUCI MENEZES é Geógrafa, Mestre e Doutora em Antropologia, Investigadora no LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, onde desde 1991 estuda as culturas urbanas de uso e apropriação do espaço, de conservação do património e de reabilitação urbana. Foi Coordenadora do Núcleo de Ecologia Social/LNEC (maio 2009/2013). Presentemente e, em particular, a sua pesquisa tem vindo a focar as questões socioculturais associadas ao uso e conservação de recursos patrimoniais, à relação entre património material e imaterial na conservação do património arquitetónico, às dinâmicas de adaptação aos processos de transformação urbana, o uso de tecnologias da informação e comunicação (TCI) aplicadas ao desenho de espaços públicos urbanos e à salvaguarda do património cultural.

PAULO COSTA é atualmente Diretor do Museu Nacional de Etnologia, no qual iniciou, entre 1993 e 2001, a sua formação na área da museologia e do património etnográfico. A sua primeira experiência de trabalho etnográfico (1989-1991), realizada para um município, revelou-se de importância crucial, em particular para o trabalho que desenvolveu na área do património cultural imaterial a partir de 2007.

RITA ÁVILA CACHADO é doutorada em Antropologia Urbana através do programa internacional de doutoramento ISCTE/URV-Tarragona (2008), com pesquisa sobre as dinâmicas culturais da população Hindu de um bairro informal em processo de realojamento. Desenvolveu etnografia de longa duração com famílias Hindus residentes na Grande Lisboa, possibilitando a aquisição de um conjunto de competências metodológicas. Atualmente, é investigadora no CIES-IUL, onde desenvolve pesquisa de pós-doutoramento sobre Etnografia Urbana em Portugal; é professora auxiliar convidada nas cadeiras de Pesquisa de Terreno e de Etnografia Urbana (coordenadas pela Professora Graça Cordeiro), no ISCTE-IUL; e faz parte da atual direção da Associação Portuguesa de Antropologia.

RITA JERÓNIMO é licenciada em Antropologia Social, com Mestrado em Antropologia: Património e Identidades pelo ISCTE. É, desde 2000, técnica no Setor de Património Cultural da Divisão de Cultura, Turismo, Património Cultural e Bibliotecas da Câmara Municipal de Odivelas. Entre 2008 e 2010 esteve destacada na Direção Regional de Lisboa e Vale do Tejo onde integrou a equipa de levantamento do património imaterial da região de Lisboa e Vale do Tejo. Encontra-se atualmente a desenvolver a tese de doutoramento em Antropologia, O Património Reinventado: processos de patrimonialização do imaterial em Portugal.

RODRIGO BARROS não sabe ou não gosta muito de dizer o que é. Passou pelo teatro e pela antropologia. A licenciatura nesta ultima (ISCTE 2007/ 2009) coincidiu com seu trabalho, enquanto animador (prefere dizer aglutinador) num albergue nocturno em Lisboa para sem-abrigo. O estudo da coisa antropológica combinado com a relação com este grupo de pessoas acrescentou-lhe perguntas, inquietações e não poucas angustias de ordem ontológica e estética. No âmbito das suas “aglutinações” co-realizou um documentário ( Nocturnos/ 2010) e escreveu um livro ( Pomar/ 2015). Ambos tentam um olhar outro sobre este universo marginal. Ao fim deste tempo todo cada vez mais sabe menos o que é um sem-abrigo. Eles vivem entre nós. Eles somos todos nós e nós somos todos eles.


Comissão organizadora
Carlos Simões Nuno
José Cavaleiro Rodrigues

Secretariado
Isabel Cardana


| INSCRIÇÕES |

  • As inscrições encontram-se encerradas – foi atingido o número limite de inscrições antecipadas face à capacidade da sala.
  • Todas as pessoas inscritas e presentes no fórum terão direito a certificado de participação;
  • Qualquer pessoa que não esteja inscrita no fórum pode assistir mas não terá direito a certificado de participação [limitado à capacidade da sala; prioridade para inscritos]


| ALMOÇO |

O almoço é livre.

A Cafetaria da Casa da Cerca estará aberta à hora de almoço e terá à venda tostas, sanduíches, quiche, salgados, saladas, sumos de fruta variados e eventualmente sopa. Quem preferir pode levar comida de casa ou optar por almoçar num restaurante nas imediações.


| COMO CHEGAR |

De transportes públicos (a partir de Lisboa):

Barco:
Barco da Transtejo em direção a Cacilhas (https://goo.gl/ZaqpSs), ligação com o Metro Sul do Tejo, saindo na paragem “Praça São João Baptista”. Desta paragem até à Casa da Cerca de Almada são sensivelmente 10 minutos a pé.

Autocarro:
Autocarro TST em direção a Almada (https://goo.gl/PU7HuA) saindo na paragem “Praça S. João Baptista”. Desta paragem até à Casa da Cerca de Almada são sensivelmente 10 minutos a pé.

Comboio:
Comboio da Fertagus em direção a Setúbal (https://goo.gl/4FBH83) saindo na estação “Pragal”, ligação com Metro Sul do Tejo com destino a Cacilhas, saindo na paragem “Praça São João Baptista”. Desta paragem até à Casa da Cerca de Almada são sensivelmente 10 minutos a pé.

Coordenadas GPS:
Latitude: N 38º 41.014’
Longitude: W 9º 09.554’

Estacionamento:
Parque de estacionamento limitado.
Parques de estacionamento mais próximos: Rua Conde Ferreira e Rua Capitão Leitão.